Postagens

Mostrando postagens de dezembro, 2018

A lógica da Justiça Eleitoral Olavo de Carvalho

A lógica da Justiça Eleitoral Olavo de Carvalho O Globo, 13 de julho de 2002 Há fortes razões para crer que o PT tem conexões íntimas com as Farc, portanto com o narcotráfico internacional que subsidia o movimento comunista desde a década de 60 (v. Joseph D. Douglass, “Red Cocaine”, London, 2000). Há indícios significativos de que é um partido revolucionário, organizado em moldes leninistas e dotado de um braço armado, o MST, que vem preparando seus militantes para desencadear uma onda de violência no momento taticamente propício. Ambas essas organizações parecem estar bem articuladas com a nova estratégia cubana de revolução continental alardeada no jornal “Granma”. E a aplicação dessa estratégia no Brasil está, ademais, num estágio muito avançado, se comparada com a preparação de revoluções anteriores registradas na história: por exemplo, no começo de 1917 o Partido Bolchevique ainda nem sonhava em ter à sua disposição, como o PT hoje em dia, uma rede nacional de escolas públicas

Sobre futebol e hinos nacionais Por Félix Maier (*)

Sobre futebol e hinos nacionais Por Félix Maier (*) 09 de julho de 2002 Passou a euforia da população brasileira com a conquista do Penta, e cá estamos na torcida por outro tipo de campeonato, de desfecho muito mais incerto e sofrido do que aquele: a corrida das eleições presidenciais, tendo como pano de fundo a febre do mercado financeiro, por conta de uma dívida interna acima de 700 bilhões de reais. A dívida externa, essa o mercado nem lembra mais quanto é. Afinal, quem será que vai começar a descascar esse abacaxi: Lula-laite, Serra-softe ou Ciro-harde? Mas, para não dizer que não falei de futebol… Durante a última Copa, muito se disse sobre a beleza do Hino Nacional brasileiro, uma unanimidade em todos os quadrantes do mundo – ao menos se acreditarmos o que disseram alguns repórteres da TV Globo. Analisemos, com algum detalhe, os hinos nacionais de alguns países, que, meses atrás, muitos adivinhos e cartomantes juraram que não deixariam que conquistássemos o Penta no Japão, a

Discutindo o capitalismo Por José Nivaldo Cordeiro

Discutindo o capitalismo Por José Nivaldo Cordeiro 7 de julho de 2002 “Quem é fiel nas coisas mínimas, é fiel também no muito. Portanto, se não fostes fiéis quanto ao Dinheiro iníquo, quem vos confiará o verdadeiro bem? Se não fostes fiéis em relação ao bem alheio, quem vos dará o vosso?” (Lucas, 16,10-12, tradução da Bíblia de Jerusalém) Não é fácil discutir a o termo capitalismo. Parece que todas as pessoas sabem tudo sobre o assunto e não têm qualquer dúvida. A palavra está tão desgastada pelo uso político que, para certas correntes de pensamento, virou quase um palavrão. Acusar alguém de capitalista é quase uma condenação ao fogo dos infernos. Não obstante, é preciso discernir a realidade que se apresenta ao mundo de hoje enquanto capitalista (Ocidente) e a sua negação (China, países socialistas), supostamente a sua superação, segundo o credo marxista. Algumas áreas são ainda consideradas pré-capitalistas, especialmente na África e no Oriente. Malgrado o uso político que se faz

No mais sereno dos mundos Por Percival Puggina

No mais sereno dos mundos Por Percival Puggina 6 de julho de 2002 O ideal teria sido ocultar o fato. Ignorar a destruição do monumento. Considerar que o relógio nunca existiu. Retirar dos calendários brasileiros o dia 22 de abril, tanto no ano de 2000 quanto no de 1500. Não ouvir o governador sobre coisa alguma a menos que ele queira e, por fim, considerar perfeito tudo que sua excelência diz e faz. Bastaria essa polida e conivente atitude para vivermos no mais sereno dos mundos. Não precisaríamos sequer de jornalistas, nesse paraíso oficial. Seríamos informados por publicitários do próprio governo, assistiríamos a TVE, evitaríamos a circulação de jornais de outros estados e seríamos tão felizes quanto nos dissessem que éramos. Em Cuba é assim e o pessoal só se lança ao mar porque gosta de esporte náutico. Há uma outra possibilidade, também utilizada na ilha do doutor Castro: ver e agir como se não tivesse visto; ouvir e proceder como quem não ouviu. As pessoas que fazem assim se dã

Apostando na estupidez humana Olavo de Carvalho

Apostando na estupidez humana Olavo de Carvalho O Globo, 6 de julho de 2002 O mais notável fenômeno psicológico da última década foi o “upgrade” mundial do discurso comunista, que, por meio da pura alquimia verbal, transmutou o fracasso sangrento de um regime campeão de genocídio em argumento plausível para elevar ao sétimo céu o prestígio e a autoridade moral da causa esquerdista. Foi o maior “non sequitur” de todos os tempos. Para realizá-lo, os meios empregados foram espantosamente simples: Primeiro: declarar o comunismo episódio encerrado, de modo a inibir a tentação de estudá-lo, portanto a aptidão de reconhecê-lo no seu estado presente e a vontade de combatê-lo. Segundo: trocar a palavra “comunismo” por qualquer de seus equivalentes eufemísticos tradicionais (“forças democráticas”, etc.), que, na atmosfera de esquecimento geral assim criada, poderiam sem dificuldade passar por novos. Terceiro: continuar imperturbavelmente a usar as mesmas categorias de pensamento e os mesmo

Almas Escravas Olavo de Carvalho Jornal da Tarde, 04 de julho de 2002

Almas Escravas Olavo de Carvalho Jornal da Tarde, 04 de julho de 2002 A escravidão psíquica jamais é reconhecida como tal pelo escravo. Reconhecê-la seria pensá-la, expô-la como objeto ante os olhos da mente e, portanto, libertar-se no mesmo instante. A objetivação é impossível para a alma escrava, que se identifica com os desejos autodestrutivos injetados nela pelo escravizador a ponto de tomá-los como seus próprios e personalíssimos, rejeitando como insultuosa qualquer sugestão de desapegar-se deles por um momento para examiná-los com alguma distância e frieza. Essa recusa obstinada é inerente ao processo mesmo da escravidão mental e baseia-se num motivo psicológico fortíssimo: a defesa inconsciente contra o temor da humilhação. Não há, de fato, humilhação maior que a de tombar do alto de uma ilusão lisonjeira, e nada mais lisonjeiro, numa época de igualitarismo e ódio a todo princípio hierárquico, do que imaginar-se livre e autônomo. Assim, o orgulho mesmo que a vítima tem da su

E eu? Olavo de Carvalho

E eu? Olavo de Carvalho Zero Hora, 30 de junho de 2002 Venho, por meio destas mal traçadas, protestar contra a odiosa discriminação que estou sofrendo. O caso é o seguinte: já escrevi e disse do governador Olívio Dutra coisas muito piores do que aquelas que renderam uma condenação judicial a meus colegas José Barrionuevo e Marcelo Rech, e o governo do Rio Grande do Sul nem liga para mim. Estou me sentindo completamente jogado para as traças. Até o meu caro José Giusti Tavares, que não é jornalista, teve direito a um processinho — e eu, nada. Nem uma mísera interpelação. Nem um pito oficial sequer. Não é uma coisa revoltante? Que é que eles têm que eu não tenho? Em verdade vos digo: não é bem isso. Eu é que tenho algo que eles não tem. Tenho uma coluna semanal em O Globo e outra mensal em Época, nas quais armaria um escândalo nacional se fosse vítima de uma absurdidade como essa que despencou do alto do Palácio Piratini sobre os meus colegas. Já eles, que escrevem só na imprensa do

O ministério contra a saúde Olavo de Carvalho

O ministério contra a saúde Olavo de Carvalho O Globo, 29 de junho de 2002 Se ninguém advertiu até agora ao prezado leitor, advirto-lhe eu: ministérios podem fazer muito mal à saúde. Pelo menos à saúde mental. Se não acredita, examine comigo o anúncio do Ministério da Saúde em que um jovem gay, abandonado pelo parceiro, é reconfortado pela amorosa família que lhe augura o breve advento de um namorado melhor, no tom exatamente de quem pintasse ante os olhos esperançosos da virgenzinha casadoura a imagem de sonho de seu príncipe encantado. Essa breve lição de moral politicamente correta condensa, em poucos segundos, toda uma constelação de mensagens implícitas, cuja descompactação nos levará às mais surpreendentes descobertas. Desde logo, os valores afetivos e princípios morais da unidade familiar monogâmica e estável, criada e consolidada a duras penas ao longo de milênios de educação judaico-cristã, aparecem ali como símbolos legitimadores de um tipo de relação que renega, de mane

Tolice emérita Olavo de Carvalho

Tolice emérita Olavo de Carvalho O Globo, 23 de junho de 2002 Com regularidade quase infalível, os luminares da cultura nacional que critico em meus artigos respondem-me numa linguagem em que abundam menções a fezes e urina, não raro também a vômito, pus e saliva. Já assinalei esse padrão repetitivo na quarta edição de “O imbecil coletivo”, em 1998, e os novos exemplos que se multiplicaram desde então não fizeram senão enfatizar a constância estatística do fenômeno. A recorrência obsessiva de tão torpe cacoete estilístico é índice sociologicamente confiável de uma propensão mental comum a todo esse grupo de pessoas: a tendência incoercível de reagir às minhas palavras antes mediante uma agitação confusa de sensações ruins do que por qualquer elaboração intelectual capaz de produzir ao menos um esboço de argumento. É significativo que, logo após exibir com tão cândido despudor o miserável estado em que a leitura de minhas críticas os deixou, essas criaturas passem a me rotular de fu

Imprensa e Crime Por José Nivaldo Cordeiro

Imprensa e Crime Por José Nivaldo Cordeiro 20 de Junho de 2002 “Com todas as objeções que tenhamos à mídia – e estas objeções não são poucas –, a imprensa tem sido o mais resistente baluarte da sociedade contra o crime.” Janer Cristaldo. Esperei alguns dias para voltar ao tema da morte de Tim Lopes, a fim de analisar a responsabilidade da Rede Globo – ou da chefia imediata do repórter – que, ao ignorar a periculosidade do crime organizado no Brasil, de certa forma o mandou para a morte. Criou uma armadilha da qual ele não poderia escapar. Ao deixar a redação para ir a campo, ele já estava condenado. Entretanto, perdi o mote, pois Janer Cristaldo, no Baguete (www.baguete.com.br), fez um artigo tão bom sobre o assunto que não me resta mais do que pôr a mão sobre a boca e calar (“Jornalista bom é jornalista morto”). Tudo está dito. Resta o consolo de que, na prática, Tim foi transformado em repórter de guerra e, como tal, ficou sujeito aos seus humores, embora talvez disso não soubess

Olavo de Carvalho - Capitalismo *Melhor Definição*

Imagem

Olavo de Carvalho - Intervenção Americana no Brasil

Imagem