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Mostrando postagens de agosto, 2018

Cristo e Paulo José Nivaldo Cordeiro

Cristo e Paulo José Nivaldo Cordeiro 31 de dezembro de 2001 Acabei a leitura do livro do Paul Johnson, História do Cristianismo, (Ed. Imago, 2000) e resolvi escrever alguns artigos a partir dos grandes temas sugeridos pelo mesmo, consolidando as reflexões que tenho feito de longa data. Neste primeiro resolvi discutir a relação entre as personalidades de Cristo e Paulo, o que significa discutir a origem da Igreja Cristã, bem como as suas relações com o judaísmo. O segundo artigo que pretendo escrever terá como tema a relação entre Paulo e Agostinho, o que significa também discutir a relação entre o cristianismo e o Império Romano. O terceiro terá como tema a Reforma, suas origens e conseqüências. E, finalmente, o quarto artigo da série abordará o doloroso momento da Segunda Guerra Mundial, na qual as Igrejas Cristãs, em sua maioria, tiveram uma vergonhosa ação, com as exceções de regra. Significará também a discussão da relação das Igrejas com os movimentos coletivistas totalitários,

Guerrilha desarmada por Félix Maier

Guerrilha desarmada por Félix Maier 29 de dezembro de 2001 Há alguns anos, foi publicado um importante livro do mexicano Jorge Castañeda, A Esquerda Desarmada. Importante porque historia com bastante profundidade muitas das ações dos grupos esquerdistas atuantes na América Latina durante as décadas de 1960 e 1970, a exemplo do grupo argentino “Montoneros”. O livro de Castañeda nos ensina que os “Montoneros” eram uma ala armada do Movimento Peronista (“soldados de Perón”), surgida em 1966, que seqüestrou, em 19 de setembro de 1974, em Buenos Aires, os irmãos Jorge e Juan Born, herdeiros do conglomerado Bunge y Born. Pela libertação dos mesmos, os “Montoneros” receberam o equivalente a US$ 64 milhões, incluindo ações, bônus e outros documentos negociáveis. O dinheiro desse seqüestro e outros assaltos renderam US$ 70 milhões e era controlado por Mario Firmenich, “el Pepe”, e Roberto “el Negro” Quieto. Um banqueiro judeu-argentino, David Graiver, foi escolhido para depositar US$ 40 mi

A dialética da dívida pública José Nivaldo Cordeiro

A dialética da dívida pública José Nivaldo Cordeiro 26 de dezembro de 2001 A primeira coisa que governos de programa esquerdista ou populista (quase que sinônimos) fazem ao tomar posse, se as finanças públicas estão organizadas e há dinheiro em caixa é se engajar na gastança, seja elevando a emissão de moeda, seja aumentando impostos, seja, ainda, endividando o Estado. Ao fazer isso, esses governos apenas antecipam consumo e investimentos, comprometendo o futuro, vale dizer, criam um passivo a ser resgatado pelas futuras gerações, na forma de inflação elevada, que precisa ser debelada com arrocho nas contas públicas, e também pela necessidade de estabilizar e mesmo reduzir o endividamento público. Quando esses governos tomam posse com as finanças públicas em estágio avançado de comprometimento, em desordem, querem ainda assim manter a gastança e sempre vem a tona propostas de elevação da carga tributária, de tabelamento de preços e de calote na dívida pública. A primeira hipótese é

Cuba e a Coalisão do Terror O Surgimento da Internacional Terrorista por Orlando Gutiérrez-Boronat

Cuba e a Coalisão do Terror O Surgimento da Internacional Terrorista por Orlando Gutiérrez-Boronat (apoiado nas investigações de Rafael Artigas e Ana Carbonell) Leader (Porto Alegre) Nº21 – 25 de dezembro de 2001 http://www.iee.com.br/leader/ Não foi difícil imaginar qual o inimigo comum que promoveu o encontro entre o Líder Supremo e o Comandante em sua cúpula de Teerã no mês de maio passado. As declarações feitas por Fidel Castro durante sua visita a Irã resultam apavorantes quando vistas à luz dos recentes atentados terroristas nos Estados Unidos em 11 de setembro. De acordo com os jornais, durante a referida visita, o Líder Supremo iraniano Khameini garantiu para Castro “que, ficando ombro contra ombro, Irã e Cuba podem derrotar os Estados unidos”, com o que Castro manifestou estar de acordo, acrescentando que os Estados unidos estavam “extremamente fracos na atualidade”, e que “nós somos os testemunhas dessa fraqueza devido à nossa proximidade”. Na Universidade de Teerã e com u

Verdadeiro versus falso Alan Neil Ditchfield

Verdadeiro versus falso Alan Neil Ditchfield 23 de dezembro de 2001 ” As massas sucumbem a uma mentira grande com mais facilidade do que a uma pequena.” Adolf Hitler (1889-1945), Mein Kampf, vol. 1, capítulo. 10 (1925) O dr. Alan Neil Ditchfield, de Curitiba, que conheci quando ele estrava traduzindo Senso Incomum do físico Alan Cromer para a Editora da UniverCidade, onde então eu trabalhava, é um dos homens mais inteligentes deste país. Filho de um engenheiro inglês que veio morar no Brasil, é ele próprio engenheiro,além de empresário e, querendo ou não, filósofo. Observador arguto da maluquice nacional, de vez em quando ele me envia umas notas simplesmente deliciosas, que eu teria de ser um mórbido egoísta para sonegar aos visitantes deste site. Eis a mais recente delas. – O. de C. Cabe distinguir o científico do pseudocientífico, para não ser iludido Pseudo significa falso. O caminho para identificar uma inverdade passa pela reunião de conhecimento sobre o tema, neste caso so

Um inimigo do povo Olavo de Carvalho

Um inimigo do povo Olavo de Carvalho O Globo , 22 dez. 2001 Em “Os Demônios” de Dostoiévski, publicado em 1872, um revolucionário diz a outro: “Você sabia que já somos tremendamente poderosos? Preste atenção. Já fiz a soma de todos eles. Um professor que, com as crianças, ri do Deus delas, é alguém que está do nosso lado. O advogado que defende o assassino educado porque ele é mais culto que suas vítimas… é um de nós. O promotor que, num julgamento, treme de medo de não parecer progressista o bastante, é nosso, nosso… Você sabe quantos deles vamos conquistar aos pouquinhos, por meio de pequenas idéias prontas?” Quase meio século antes da tomada do Palácio de Inverno, um século antes da difusão mundial das obras de Antônio Gramsci, o romancista já havia captado a estratégia macabra da “revolução cultural”, à qual o fundador do Partido Comunista Italiano deu apenas um embelezamento teórico mas que, em essência, já estava em ação desde o século XVIII, nos salões onde aristocratas se d